Anozero | Bienal de Arte mostra 39 artistas de 21 países em diversos espaços de Coimbra
928
post-template-default,single,single-post,postid-928,single-format-standard,qode-social-login-1.0.2,ajax_fade,page_not_loaded,,select-theme-ver-4.6,menu-animation-underline,popup-menu-fade,wpb-js-composer js-comp-ver-7.9,vc_responsive

Bienal de Arte mostra 39 artistas de 21 países em diversos espaços de Coimbra

O programa da terceira edição do Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, a decorrer entre 2 de novembro e 29 de dezembro, foi hoje anunciado em conferência de imprensa, na qual participou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Carina Gomes, além do vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC), Delfim Leão, o curador desta edição, Agnaldo Farias, o diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), Carlos Antunes, o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, e a curadora adjunta, Lígia Afonso.

A edição de 2019 do Anozero volta a chegar a diferentes espaços da cidade, com obras de 39 artistas, de 21 países. Com curadoria do professor da Universidade de São Paulo e curador-geral do Museu Oscar Niemeyer, no Brasil, Agnaldo Farias, e tendo como curadores adjuntos Lígia Afonso e Nuno de Brito e Rocha, o evento inspira-se e adota o título “A terceira margem”, “tomado de empréstimo” do conto “A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa.

Carina Gomes salientou que este é um evento que assume um importante posicionamento na estratégia cultural e turística do Município, desde 2015, assumindo que é para continuar. Para a autarca este é um exemplo claro da dimensão europeia e mundial em que se pretende posicionar a cidade, também no espírito da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.

A vereadora destacou ainda que este é um ímpar, que mexe com a cidade, classificada como Património Mundial, permitindo uma reflexão, por via das artes, sobre o passado, o presente e o futuro.

Na mesma linha de pensamento, o curador da bienal sublinhou que a exposição dos trabalhos de 39 artistas, em “diferentes lugares da cidade” vai possibilitar a ativação forte “do seu património arquitetónico e imaterial, parcialmente qualificado pela UNESCO”.

O cineasta e artista visual britânico Steve McQueen, realizador de “Doze anos escravo” (Prémio Turner 1999), e a dupla portuguesa João Maria Gusmão e Pedro Paiva (que representaram Portugal na Bienal de Arte de Veneza, em 2009), são alguns dos 39 artistas (19 mulheres, 20 homens) cujas obras estarão no Anozero’19.

Da lista de artistas da bienal deste ano, com vinte obras comissariadas, também fazem parte, por exemplo, Anna Boghiguian, Bruno Zhu, Daniel V. Melim, Erika Verzutti, Joanna Piotrowska, Lynn Hershman Leeson, Magdalena Jitrik, Mariana Caló e Francisco Queimadela ou Tomás Cunha Ferreira, que apresenta a curadoria paralela de “ShipShape”, uma exposição em torno da poesia visual, concreta e experimental.

“A bienal espraia-se pelas ruas do centro da cidade” (Edifício Chiado, Sala da Cidade e Galerias Avenida), pelos edifícios da UC (Colégio das Artes e Museu da Ciência/Laboratório Chimico e Galeria de História Natural) e pelos espaços do CAPC, além da “ocupação do singular Convento de Santa Clara-a-Nova”, na margem esquerda do Mondego, que é o principal espaço do Anozero.

Parte deste Convento, que pertence ao Ministério da Defesa, deverá passar para o Município, por um período de 50 anos, para se tornar no local de referência da bienal, durante todo o ano, admitiu a vereadora Carina Gomes, em resposta a uma questão colocada por um jornalista. Este é um processo complexo, pois, além de implicar diversas entidades da administração central do Estado, o monumento setecentista está incluído (na sua maior parte) no Revive, programa que pretende a recuperação de imóveis de reconhecido interesse, através da sua concessão a privados. A autarca deu conta que o processo está em andamento, tendo tido recentemente alguns desenvolvimentos.

A edição deste ano da Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra envolve um investimento da ordem do meio milhão de euros, suportados pela CM Coimbra (que investe cerca de 163 mil euros), a UC, a Turismo Centro de Portugal e por mecenas, estes com uma participação de cerca de 25% do seu custo.

fonte: CM Coimbra / LUSA

No Comments

Sorry, the comment form is closed at this time.